A Decisão Pela Infinitude do Belo!
- Lenny Hipólito
- 7 de mar.
- 11 min de leitura
“O belo é o esplendor da ordem” - Aritóteles

A vida que você constrói é o resultado das suas escolhas e das suas decisões. Toda
opinião que evidencia o belo da natureza correspondente a sua imaginação, e que
você a cristaliza em decisão, o conduzirá a inúmeros benefícios e resultados
obviamente triunfantes.
É preciso agir com o senso de um artista, porque a tomada de decisão é uma arte!
Uma das maiores habilidades de uma pessoa bem-sucedida, de uma pessoa bem
criativa, é que tem a expertise de chegar às decisões mais rapidamente e
definitivamente, mesmo que depois vai adequando-as ou mudando-as de forma mais
lenta.
Quando compreendemos a ideia de que existe algo de uma dimensão muito maior do
que nós mesmos, concluímos que existe algo transcendental e que pode nos orientar
quanto às nossas escolhas, inspirando-nos com fulgor. A decisão pela Infinitude do
Belo, implica que Deus, não se resume a nenhum modelo de limitações. Muito pelo
contrário, a Infinitude está relacionada ao que é eterno, pois transcende com o Seu
Poder o espaço e o tempo, estando presente em todos os pontos com a plenitude do
Seu Ser.
Isso nos assegura e viabiliza as nossas tomadas de decisões, respaldadas em um plano
de pensamento que nos promove a absoluta liberdade de ações certas. Além de serem
alinhadas à Inteligência Criativa, tornando o nosso caminho receptivo a ideias e que,
em nenhuma outra circunstância, poderia nos alcançar e marcar a diferença entre o
gênio capaz de criar a consistência infinita da beleza do existir e a pessoa comum, que
vive e trabalha mecanicamente, sem desafiar e/ou estimular a potência do encanto
incomum, invisível às que não vibram e nem se definem com gentileza, por uma
grandeza de um modo diferentemente de se viver, apreciar e imergir na poética do
belo.
Se efetivamente decidirmos a prosseguir as nossas vidas, fazendo uso da nossa
capacidade criativa, mais impulsos de pensamentos teremos, e certamente fluidos de
uma força interior infinita que nos conecta com o Poder Criador das maravilhas que
constitui todo o universo. A nossa vida, deve ser vivida com abundância de criatividade
e apreciação da beleza fenomenal de todas as existências; contando com um valioso
tesouro - a nossa boa saúde -, ainda, a nossa veemência por uma vida harmoniosa em
todas as suas áreas, capazes de reestruturar a nossa capacidade compreensiva e nos
motivar ao trabalho diário agindo como um artista. Pois, a arte abranda a
complexidade que incide sobre todas as coisas e estimula a nos concentrarmos, pelo
tempo que definirmos, nos aspectos mais profundos e significantes.
Ora, migrando dos padrões do senso comum, respeitando, valorizando e desejando
viverem uma vida extraordinária, quanto a decisão de criarem a delicadeza da
Infinitude Esplêndida, importantes artistas, poetas, músicos, escritores, fotógrafos se
tornam grandes, porque obtêm o hábito de confiarem na parte mais íntima do seu –
eu interior- que lhes toca em seus âmagos, nas bases das suas almas, fazendo o uso da
imaginação criadora. Todos sabemos que intuições existem, que nos entregam as mais
fantásticas ideias, para colocarmos em prática e eterniza-las, por meio das nossas
decisões e construções indescritíveis, em harmonia com o Poder que move todo o
mundo, nos inspirando e nos transcendendo além da nossa imaginação.
Iluminações recebidas pela capacidade criadora, consistem ainda em muito mais
merecimento e confiança, pelo fato de fluírem de fontes absolutamente imensuráveis
que, as que estão na abrangência dos pensamentos lógicos das mentes. Por isso, a
decisão pela Infinitude do Belo, confirma a genialidade de uma Fonte Inesgotável de
amor e sabedoria, que sempre estará ao seu alcance, equivalendo ao encantamento
do inusitado em toda a sua vida, agindo com força singular em todas as suas criações.
A sensibilidade de contemplar a magia dessa Beleza e vivenciá-la em toda a sua
intensidade, acrescenta em nossa alma experiências transformadoras, deixando de
incomodar os nossos gostos mais exigentes e alinhando as nossas inteligências à figura
etérea, incorpórea que robustece a nossa essência sem fragmentos desanimadores ou
melancólicos.
O ato de perpetuar intensamente o significado emocional e material do espetáculo
silencioso que se desenrola diariamente e se chama vida, incentiva-nos a lhe conceder
a posição central. Pois, somos inteligentes, pensantes, racionais, vibrantes, fortes,
desmedidos de coragem e de fé inabalável para harmonizarmos, e nos inteirarmos
com a luminosidade da Infinitude da Beleza Universal, que se revela e doa ao homem.
Entendemos que somos parte do Uno que permeia e constitui o Todo.
Somos arte, inteligências, vivências e experiências que suprem o espaço! A vida é um
espetáculo! Devemos ter fascínio por essa exuberância, contemplando-a e vivendo-a
em toda a sua plenitude, com amor evidente, dedicado, prazeroso, produzindo,
fabricando, aplicando, entendo e manifestando a harmonia do belo e suas evoluções
em todos os nossos processos criativos. O amor trabalha com infinitude as melhores
emoções, que torna o homem nobre, artístico, sensível, inesquecível, realizador de
sonhos e reformulador de vidas. Que sentem e desejam viver o melhor que a Força do
Universo pode lhes entregar, como procedem os mais dignos e maiores artistas,
dentre outros em toda a humanidade. Aliás, nesse espírito intuitivo, o artista nunca
venderá obras de arte, ele sempre oferecerá propostas de mudanças e de novas
perspectivas, reflexões quanto ao sucesso e a prosperidade, inseridos em um modelo
de beleza do bem-viver com arte, respirando-a além, muito além da idealização.
A arte é uma experiência profunda, uma porta para a Infinitude do Belo. Permite a
manifestação dos sentimentos que traduzem a ideia de que há algo maior que nós
mesmos, algo transcendental aos limites da nossa existência, nos guiando, nos
confortando e nos entusiasmando. Toda obra de arte tem a sua luz própria, podendo
refletir as mais íntimas emoções humanas. Isso é imensidade!
Por esse viés, independentemente da nossa religião, acrescento aqui partes de um
discurso de Bento XVI, publicado pelo jornal L`Osservatore Romano, 31-08-2011. Eis as
partes...
... Mais de uma vez mencionei, durante este período, a necessidade de cada cristão de
encontrar tempo para Deus, ... Hoje, gostaria de me deter brevemente sobre um
desses canais que podem nos conduzir a Deus e também ser de ajuda para o encontro
com Ele: é a via das expressões artísticas, parte daquela via pulchritudinis, via da
beleza – da qual eu já falei várias vezes e que o homem de hoje deveria recuperar no
seu significado mais profundo. é a via das expressões artísticas, parte daquela via pulchritudinis – via da beleza– da qual eu já falei várias vezes e que o homem de hoje deveria recuperar no seu significado mais profundo.
Talvez tenha acontecido com vocês algumas vezes, diante de uma escultura, de um
quadro, de alguns versos de uma poesia, ou de um trecho musical, de sentir uma
emoção íntima, um sentimento de alegria, isto é, de perceber claramente que, diante
de vocês, não havia apenas matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela
pintada, um conjunto de letras ou uma combinação de sons, mas sim algo maior, algo
que "fala", capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar o ânimo.
Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga
diante da realidade visível, busca descobrir o seu sentido profundo e de comunicá-lo
através da linguagem das formas, das cores, dos sons. A arte é capaz de expressar e de
tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a
busca do infinito. Ou melhor, é como uma porta aberta para o infinito, para uma
beleza e uma verdade que vão além do cotidiano. E uma obra de arte pode abrir os
olhos da mente e do coração, impelindo-os para o alto.
Mas há expressões artísticas que são verdadeiros caminhos para Deus, a Beleza
suprema, ou melhor, são uma ajuda para crescer na relação com Ele, na oração. Trata-
se das obras que nascem da fé e que expressam a fé. Um exemplo que podemos ter
quando visitamos uma catedral gótica: somos arrebatados pela linhas verticais que se
delineiam para o céu e atraem para o alto o nosso olhar e o nosso espírito, enquanto,
ao mesmo tempo, nos sentimos pequenos, mas desejosos de plenitude...
Ou quando entramos em uma igreja românica: somos convidados, de modo
espontâneo, ao recolhimento e à oração. Percebemos que, nesses esplêndidos
edifícios, a fé de gerações está como que encerrada. Ou quando ouvimos um trecho de
música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, a nossa alma é como que
dilatada e é ajudada a se voltar para Deus.
Lembro-me de um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique,
dirigido por Leonard Bernstein. Ao término do último trecho, uma das Cantatas, eu
senti, não pelo raciocínio, mas no profundo do coração, que aquilo que eu havia
ouvido tinha me transmitido verdade, verdade do supremo compositor, e me impelia a
agradecer a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique, e eu lhe disse
espontaneamente: Ouvindo isso se entende: é verdade; é verdadeira a fé tão forte, e
a beleza que expressa irresistivelmente a presença da verdade de Deus. Mas quantas
vezes quadros ou afrescos, fruto da fé do artista, nas suas formas, nas suas cores, na
sua luz, nos levam a dirigir o pensamento a Deus e fazem crescer em nós o desejo de
alcançar a fonte de toda beleza. Continua sendo profundamente verdadeiro o que
escreveu um grande artista, Marc Chagall, que, durante séculos, os pintores
mergulharam o seu pincel naquele alfabeto colorido que é a Bíblia.
Quantas vezes, então, as expressões artísticas podem ser ocasiões para nos lembrar de
Deus, para ajudar a nossa oração ou também a conversão do coração! Paul Claudel,
famoso poeta, dramaturgo e diplomata francês, na Basílica de Notre Dame, em Paris,
em 1886, ouvindo justamente o canto do Magnificat durante a Missa de Natal, sentiu a
presença de Deus. Não havia entrado na igreja por motivos de fé, havia entrado
precisamente para buscar argumentos contra os cristãos, e, ao contrário, a graça de
Deus agiu no seu coração.
Caros amigos, convido-os a redescobrir a importância dessa via também para a oração,
para a nossa relação viva com Deus. As cidades e os países em todo o mundo encerram
tesouros de arte que expressam a fé e nos remetem à relação com Deus. Que as visitas
aos locais de arte, então, não seja apenas ocasião de enriquecimento cultural – isso
também – mas que possa sobretudo tornar-se um momento de graça, de estímulo
para reforçar o nosso vínculo e o nosso diálogo com o Senhor, para se deter para
contemplar – na passagem da simples realidade exterior para a realidade mais
profunda que expressa – o raio da beleza que nos atinge, quase nos ferindo; no
íntimo e nos convida a subir para Deus.
Termino com uma oração de um Salmo, o Salmo 27: "Uma coisa peço ao Senhor, e só
ela procuro: habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a
doçura do Senhor e admirar o seu santuário" (v. 4). Esperamos que o Senhor nos ajude
a contemplar a sua beleza, seja na natureza, seja nas obras de arte, de modo a sermos
tocados pela luz do seu rosto, para que nós também possamos ser luzes para o nosso
próximo. Obrigado.”
Que o conteúdo desse discurso fascinante, possa nos tornar sensíveis à beleza indescritível da natureza assinada pelo Poder Infinito de toda a criação, bem como, portoda a beleza da arte assinada pelos homens!
A decisão pela Infinitude do Belo enfatizo, que nos permite refletir inclusive sobre a
filosofia, a estética, sobre a natureza da beleza e como ela pode ser percebida de
maneiras diferentes, assim como a sua capacidade de influenciar os nossos propósitos
com um vislumbre mágico, como se a vida fosse um cenário encantado. Porém, nos
reafirmando em um plano aprimorado, em um modelo especial de conduzirmos com
mais comprometimento ao belo sobre tudo que fizermos ou planejarmos fazer. Sinto
que é algo poderoso, apaixonante, pois nos faz pensar e avaliar com a maior
intensidade de energia sobre a vida e o mundo ao nosso redor, além de tocar a nossa
alma, a nossa mente. E, verdadeiramente é enriquecedor, é profundo, inspirador,
porque conquistamos mais créditos com mais sentido, mais descobertas que,
contribuem e iluminam a beleza da nossa existência.
Como interpretamos o discurso mencionado do Papa Bento XVI: - a beleza pode ser
encontrada em muitos aspectos da vida, desde a natureza até a arte, a música e as
relações humanas -. Por vez, a beleza pode estar além do que vemos ou percebemos
com todos os nossos sentidos, e sempre será uma experiência que tocará a nossa alma
e o nosso coração. Quando nos concentramos na exuberância da beleza da natureza e
da arte, nos transportamos para um estado de êxtase e admiração, nos fazendo sentir
conectados com algo infinitamente amplo e significativo. A arte e a natureza, são
sensivelmente capazes de evocar emoções e sentimentos profundos em nós, e nos
proporcionar uma forma de transcendência, uma maneira de nos comunicarmos e
interagirmos com algo além de nós mesmos, que traduz a Infinitude do Belo. Com essa
visão inspiradora, concluímos mais uma vez, que estamos conectados a uma Energia
Infinitamente Inteligente, que podemos acessar potencialidades e capacidades que
estão além das nossas limitações individuais. Essa realidade traduz a ideia de que
podemos conquistar nossos melhores e mais belos propósitos, fazendo-nos sentir
especialmente empolgados, nos sugerindo que temos o poder de criar, modificar e
manifestar realidades, que são devidamente alinhadas com nossos valores e sonhos
mais profundos.
A nossa conexão com a Infinitude do Belo sempre será uma fonte inenarrável de
inspiração e guia para nossas vidas, ajudando-nos a tomar decisões mais sábias e a
seguir caminhos mais autênticos. A lealdade dessa conexão, é o segredo para alcançar
resultados extraordinários e realizar nossos sonhos mais ambiciosos. Ressaltando que,
não se trata apenas de ter uma fé inabalável, mas também de muita confiança e
entrega. Quando confiamos no poder dessa Energia, podemos nos permitir ser guiados
e orientados por ela e alcançar coisas que nunca imaginamos ser possíveis.
A decisão pela Infinitude do Belo, torna-se uma conexão tão fiel, tão profunda que
pode nos ajudar a superar obstáculos e desafios e a encontrar soluções claras e
espontâneas, para as adversidades que possam surgir. Se agirmos com a mente
criativa de um artista, seremos capazes de transformar nossas decisões em uma forma
de arte. Isso significa, como já destacamos, que podemos abordar os desafios com
criatividade, imaginação e intuição. Penso também, que essa abordagem artística,
pode nos permitir a encontrar soluções únicas e especiais para tratar de questões
insatisfatórias que poderão nos surgir. Optar em transformar nossas vidas em obras de
arte, onde cada decisão e ação, são uma forma de expressão criativa, implica que, a
arte de tomar decisões, é uma forma de autoexpressão e autocriação, pois, podemos
criar a nossa própria realidade e destino. Pessoas que se expressam com verdade e
têm muita confiança em suas próprias habilidades e intuição, certamente tomam
decisões mais rapidamente, com maior segurança, pois estão sempre conectadas com
suas próprias necessidades, desejos, metas e valores. Elas sempre poderão tomar
decisões com mais clareza, rapidez e segurança e depois ajustá-las conforme for
necessário. Isso demonstra que elas têm a capacidade de ser flexíveis e adaptáveis, o
que é fundamental e importante para o sucesso em qualquer área da vida. A
habilidade de tomar decisões mais rapidamente e com confiança, pode ser
desenvolvida e aprimorada com a prática e experiência. Acredito que tudo na vida, que
queremos ser, viver e nos tornar em um modelo fidedigno à Inteligência Criativa,
precisamos treinar, praticar e ampliar os nossos conhecimentos constantemente.
Improvisar não nos gera resultados satisfatórios. Quando compreendemos que existe
algo de uma dimensão muito maior, o nosso comprometimento se eleva pelas nossas
decisões certas, intuitivas, e que agregarão alegria, e a beleza da arte sobre todas as
coisas. Portanto, é fundamental treinar, praticar e ampliar nossos conhecimentos para
viver em sintonia com a Inteligência Criativa. A improvisação pode nos levar a
resultados inconsistentes e insatisfatórios. Penso que tudo isso nos inspira, nos
assegura como uma das chaves para vivermos uma vida autêntica, criativa e plena, ou
seja, entendermos a importância de viver em aliança com a nossa essência criativa e
com a Inteligência Criativa, que nos envolve, que nos rodeia.
O fascínio pela beleza nos inspira, nos emociona e potencializa os nossos sonhos mais
profundos. Ao observarmos uma obra de arte, a nossa sensibilidade se aguça ao
esplendor da alma, à decisão pela Infinitude do Belo, estimulando a nossa essência a
se manifestar, revelando quem somos e o que sentimos, criando a nossa própria
realidade com mais significados. Isso flui e muda o mundo, registrando as nossas
escolhas para que continuemos a vibrar em uma Energia Infinitamente Inteligente,
confirmando o alcance das nossas melhores determinações, dos nossos mais
extraordinários resultados, como compensação ao nosso maior prêmio recebido, em
todo o nosso tempo, que se chama A Vida.
Obrigada!
Envio amor!
A gente se vê!
A gente se fala!
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